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quinta-feira, fevereiro 11

Quanto tempo o tempo tem...?

Pois... não tenho ideia.
O meu tempo voa, foge, esguelha-se...
Assim, nem no blog tenho realizado. Há tanto para escrever.

Mas agora não tenho tempo... lol para variar. Terá de ficar para mais logo.
Não gosto de dizer "para amanhã", ou "para depois". Parece sempre muito longe ou irrealizável.

Por agora, ficam fotos dos últimos tempos, do ritual de passagem de ano, e um texto alusivo à próxima festa. No próximo post as recordações desta festa, noutros anos, na melhor versão de SEMPRE.

Um abraço.

















Carnaval e suas origens pagãs

"O carnaval, para surpresa de muitos, é um fenômeno social anterior a era cristã. Assim como atualmente ela é uma tradição vivenciada em vários países, na antiguidade, o carnaval também era uma prática em várias civilizações. No Egito, na Grécia e em Roma, as pessoas das diversas classes sociais se reuniam em praça pública com máscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantarem e se entregarem as mais diversas libertinagens.

O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e termina quando a Igreja adota, oficialmente, o carnaval em 590 d.C. Será que termina?

A diferença entre o carnaval da antiguidade para o moderno é que, no primeiro, as pessoas participavam das festas mais conscientes de que estavam adorando aos deuses. O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Era uma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boa colheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses. No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, era o centro de toda as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas a começar por Júpiter, deus da urgia, até Saturno e Baco.

A festa em louvor a Dioniso se desdobrava em quatro celebrações, em Atenas: as Dionísias Rurais, as Leneias, as Dionísias Urbanas ou Grandes Dionisias e as Antestérias, se estendendo de dezembro à março.

Estas festas que tiveram grande desenvolvimento no século VI a.C. acabaram por gerar o que se pode chamar “bagunça Dionisíaca”, por isso foram fortemente reprimidas no século V a.C., no auge do desenvolvimento artístico cultural da Grécia (governo de Péricles – 443 – 429 a.C.) quando a cidade foi embelezada por monumentos como Partenon espalhando seu brilho por todo Mediterrâneo.

O século V a.C. foi o grande período da Grécia Clássica. Entretanto a influência política e cultural somente atingiu seu esplendor no século IV quando Alexandre, o Grande, expandiu as conquistas gregas formando colônia em lugares afastados como o leste do Afeganistão e as fronteiras da Índia. É a chamada época Helenista. Nessa ocasião foi introduzida na Grécia o culto a Isis (vide deusa Isis no Egito).

Em 370 a.C., quando Atenas perde a hegemonia da arte já se pode sentir a penetração do culto a Dioniso em Roma.

As bacchantes, sacerdotisas que celebravam os mistérios do culto a Dioniso, nesse tempo mais conhecido como Baco (é com o nome de Baco que Dioniso entrou em Roma, daí alguns estudiosos afirmarem a origem italiana da palavra), ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos em número crescente, causaram tais desordens e escândalos que o Senado Romano proibiu as Bacanais, em 186 a.C..

Na Roma antiga, o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo no carnaval, ocasião em que era coroado rei. Durante os três dias da festividade, o soldado era tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado no altar de Saturno. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.

Com a supremacia do cristianismo a partir do século IV de nossa era, várias tradições pagãs foram combatidas. No entanto, a adesão em massa de não-convertidos ao cristianismo, dificultou a repressão completa. A Igreja foi forçada a consentir com a prática de certos costumes pagãos, muitos dos quais, cristianizados para que se evitasse maiores transtornos. O carnaval acabou sendo permitido, o que serviu como “válvula de escape”, diante das exigências que eram impostas aos medievos no período da Quaresma.

Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igreja fez “vistas grossas” às três noites de carnaval. Na ocasião, os medievos aproveitavam para se esbaldar em comidas, festas, bebidas e prostituições, como na antiguidade.

Na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos. Na “Festa dos Loucos”, tudo passava a ser permitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os “cristãos não-convertidos” se entregavam a várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses pagãos.

O carnaval na Idade Média foi objeto de estudo de um dos maiores pensadores do século XX, o marxista russo Bakhtin. Em seu livro Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento, Bakhtin observa que no carnaval medieval – “o mundo parecia ficar de cabeça para baixo”. Vivia-se uma vida ao contrário. Era um período em que a vida das pessoas tornava-se visivelmente ambígua, pois a vida oficial – religiosa, cristã, casta, disciplinada, reservada, etc. – amalgamava-se com a vida não-oficial – a pagã e libertina. O sagrado que regulamentava a vida das pessoas era profanado e as pessoas passavam a ver o mundo numa perspectiva carnavalesca, ou seja, liberada dos medos e das pressões religiosas.

Com a chegada da Idade Moderna, a “Festa dos Loucos” se espalhou pelo mundo afora, chegando ao Brasil, ao que tudo indica, no início do século XVII. Trazido pelos portugueses, o ENTRUDO – nome dado ao carnaval no Brasil – se transformaria na maior manifestação popular do mundo e por tabela, numa das maiores adorações aos deuses pagãos do planeta.

Quem disse que o Paganismo não existe mais?"


terça-feira, outubro 13

domingo, setembro 13

Um passo de cada vez.


"A LIÇÃO DO RIO”

E o RIO corre sozinho.
Vai seguindo seu caminho.
Não necessita ser empurrado.

Pára um pouquinho no remanso.
Apressa-se nas cachoeiras.
Desliza de mansinho nas baixadas.

Precipita-se nas cascatas.
Mas, no meio de tudo isso vai seguindo seu caminho.
Sabe que há um ponto de chegada.

Sabe que seu destino é para a frente.
O rio não sabe recuar.
Seu caminho é seguir em frente.

É vitorioso, abraçando outros rios, vai chegando no mar.
O mar é sua realização.
É chegar ao ponto final.

É ter feito a caminhada.
É ter realizado totalmente seu destino.
A vida da gente deve ser levada do jeito do rio.

Deixar que corra como deve correr.
Sem apressar e sem represar.
Sem ter medo da calmaria e sem evitar as cachoeiras.

Correr do jeito do rio, na liberdade do leito da vida, sabendo que há um ponto de chegada.

A vida é como o rio.
Por que apressar?
Por que correr se não há necessidade?

Por que empurrar a vida?
Por que chegar antes de se partir?
Toda natureza não tem pressa.

Vai seguindo seu caminho.
Assim é a árvore, assim são os animais.
Tudo o que é apressado perde o gosto e o sentido.

A fruta forçada a amadurecer antes do tempo perde o gosto.
Tudo tem seu ritmo.
Tudo tem seu tempo.
E então, por que apressar a vida da gente?

Desejo ser um rio.
Livre dos empurrões dos outros e dos meus próprios.
Livre das poluições alheias e das minhas.

Rio original, limpo e livre.
Rio que escolheu seu próprio caminho.
Rio que sabe que tem um ponto de chegada.

Sabe que o tempo não interessa.
Não interessa ter nascido a mil ou a um quilómetro do mar.
Importante é chegar ao mar.

Importante é dizer "cheguei".
E porque cheguei, estou realizado.
A gente deveria dizer: não apresse o rio, ele anda sozinho.

Assim deve-se dizer a si mesmo e aos outros:
não apresse a vida, ela anda sozinha.

Deixe-a seguir seu caminho normal.
Interessa saber que há um ponto de chegada e saber que se vai chegar lá.

in "Livro do Visionário"
(Autor desconhecido)

quarta-feira, setembro 2

Com roupas quentes, a cadeira e a varanda caíram bem...
Amanhece, e sem sono, eu terminei a Alquimia.
Dela, a pista das lendas e dos sinais, a visão dos desertos e dos oásis, a miragem dos destino e as vontades. Pensei nos sonhos e nos desejos e, em direcção ao nascente, um bando de pardais passam e dizem "Bom dia". Com eles passam as lágrimas e aí, a leitura diz-me " Está atento aonde chorares, pois ai estarei eu e aí estará o teu tesouro". Os pardais voltam, passam e dizem, "Estamos aqui". E trouxeram a ansiedade, a angústia e o medo mas também o querer, o desejo, a vontade de ir. E diz-se que querer ir, é o primeiro passo de grandes viagens.

A Alquimia das Vontades e dos Sinais... e a flecha dos Centauros.



...são 8:30 da manhã, e eu ainda aqui estou...

quinta-feira, agosto 6

Quase...

«Imprevisível.
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas ideias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na força dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um trás dentro de si. Para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Para os erros há perdão; para os fracassos, chance; para os amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar a alma. Um romance cujo fim é instantâneo não é romance. Não deixes que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfia do destino e acredita em ti. Gasta mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.»


Texto de autor desconhecido.

quarta-feira, junho 24




Sexta-feira, 19 Junho

7.30h
Fui para Lisboa com pouca vontade, pela força da obrigação...
A viagem de autocarro, mesmo impessoal, por muito que reclame e desgoste, é sempre interessante... Cruzamo-nos com pessoas com caminhos do nosso.
Hoje, ao parar em Borba entrou um homem já com os seus cabelos pintados de tempo. Era cego. Sentou-se mesmo na minha frente. Curioso que quem tem tudo, por vezes pensa que estas pessoas, além de deficiência, transportam também incapacidade são imóveis e incapazes.
Este homem ia sozinho para Lisboa, para uma conferência na Gulbenkian. Passou o tempo a atender o telefone, a conversar com o colega de viagem sobre tecnologia e meios de comunicação. E ele ia sozinho para Lisboa...
Gostei do perfume. Gostei da atitude. Obrigado pela inspiração.



17.30h
Revi Lisboa. A Faculdade e os Amigos.
E até foi produtivo... =)

Revi Lisboa... Fez-me bem.



terça-feira, maio 19

O início, pelo início.

Por inspiração alheia criei este espaço =)
Talvez seja só mais um blog, e me esqueça dele não tarda; ou talvez se torne mesmo o meu Caderno de Campo. É nele que anotamos tudo o que refere ao trabalho, as observações, aos passeios e às pessoas que, sem estares escritas e descritas, já fazem parte das folhas vistas em branco...
Cheguei a ter um Diário, mas com a idade deixei-o de lado. Este é mais interactivo, pode ser que resulte =p